A missão de padre Arlindo




No dia 25, ordenação do pároco completará 50 anos.
Logo após terminar o ginásio, ele foi direto para o seminário, em Campinas, onde passou três anos fazendo o colegial. Depois, passou mais três anos estudando Filosofia e quatro anos na Faculdade de Teologia. No próximo dia 25, serão completados 50 anos da ordenação do padre Arlindo De Gaspari, 76 anos.
A primeira igreja onde ele atuou foi em Campinas, como auxiliar, na Paróquia Nossa Senhora das Dores. Em Limeira, cidade onde nasceu em 20 de abril de 1935, fez missas nas igrejas São Benedito e Catedral Nossa Senhora das Dores. Desde 1964, ele é o pároco da Santa Terezinha, ano em que a igreja foi criada. Leia abaixo entrevista com o padre Arlindo, que, quando ingressou no seminário, já sabia qual era sua missão.

Como foi a ideia de ir para o seminário e como foram seus estudos?
Terminei o ginásio e fui para o seminário, em Campinas. Eu já frequentava a igreja e recebi o convite do padre Rafael Dias para ir para lá. Fomos em cinco rapazes. Destes cinco, apenas dois ficaram padres. A gente vai para o seminário e, com o tempo, vê se aquele é o caminho. Muita gente começa e sai. Eu estava lá porque sabia que ia caminhar para isso (ser padre). Fui estudando durante três anos e seguindo os ensinamentos. Fiz ainda, em São Paulo, no Ipiranga, três anos de Faculdade de Filosofia e quatro de Teologia, no Seminário de Teologia do Estado de São Paulo. Aos 26 anos, no dia 25 de janeiro de 1962, fui ordenado.

Após ser ordenado, onde o senhor atuou?
Logo após a ordenação, fui auxiliar no seminário e na Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Campinas, durante um ano. Em 1963, vim para Limeira e fiz missas na Igreja São Benedito, cobrindo uma viagem do Padre Gustavo. Por um ano e meio, fui padre auxiliar na Catedral Nossa Senhora das Dores e, no final de 1964, foi criada a Paróquia Santa Terezinha, um desmembramento da catedral, e eu vim para cá. Fiquei muito feliz, pois me tornei um pároco, de fato.

Como era e como é a Santa Terezinha?
 A paróquia diminuiu, porque saíram outras paróquias daqui - como a Santa Ana, no Ouro Verde, São João, na zona rural, entre outras, e algumas capelas. Ela diminuiu em tamanho e passou a prestar uma assistência maior às comunidades que ficaram. Para atender melhor o bairro, criam-se novas paróquias. Por ano, já tivemos mais de 100 casamentos por ano aqui. Hoje são cerca de 50. Já chegamos a ter 500 alunos por ano na catequese. Hoje, são 200 crianças. A paróquia vai ficando envelhecida, as pessoas vão indo para os bairros, os pais vão indo para os bairros. Tem gente que vem nas missas há 50 anos. Há outros que saem, que chegam, que mudam de paróquia.

O senhor acha que a fé está diminuindo?
 A igreja que vive em uma mesma fé tem crescido, evoluído. Na população, eu acho que a fé cresce, mas alguns desistem, mudam, oscilam a opinião e, por falta de convicção, são cativados por outros.

Para a gente encerrar, avalie os seus 50 anos de ordenação.
Na medida do possível, respondi os chamados de Deus com meu trabalho por onde passei. Até quando eu tiver saúde, vou continuar sendo padre. Continuo fazendo o que está no meu alcance como pároco, atendendo pessoas e a catequese. O padre é um instrumento de Deus. Cada um tem uma missão e a minha é essa.

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